RESUMO - DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE POSSIVELMENTE IREMOS: ANÁLISE DO PROGRAMA NOVOS CAMINHOS
Edilana Carlos da Silva*
João Fredson Silva; Francisco das Chagas Silva Souza
*IFRN – E-mail: edilannacarlos@hotmail.com.
O objetivo é discutir a criação dos Institutos Federais (IF), com ênfase no Ensino Médio Integrado (EMI), promovendo, por conseguinte, um cotejamento entre o EMI e o programa Novos Caminho, do Governo Federal, a fim de investigarmos em que medida esse programa pode interferir na concepção de formação humana integrada, preconizada pelo EMI, bem como contribuir para a manutenção da histórica dualidade vivenciada pela educação brasileira, que separa o ensino técnico-profissional da formação propedêutica. Para tanto, realizamos pesquisa exploratória, documental, a fim de nos apropriar dos atos normativos que regem o citado programa, e bibliográfica, a partir de discussões do campo Trabalho e Educação, analisando os dados qualitativamente. Constatamos que a reforma proposta pelo referido programa, especificamente o Itinerário Formativo – V, pode ocasionar aos IF um possível retrocesso, no que tange às finalidades atinentes ao currículo integrado, devido ao incentivo do ensino técnico-profissional, de caráter unilateral, pautado em interesses de mercado, reforçando, assim, a dicotômica educação brasileira. Conclui-se que o principal problema dessa política pública configura-se, basicamente, no fato de que esse programa investe na concepção de competências escolares, valorizando os ideais neoliberais ao impulsionar o interesse dos educandos para a profissionalização em empregos flexibilizados. Dessa forma, valoriza-se mais o ensino mercadológico, reflexo da concebida relação proposta pelo perfil de formação: educação/trabalho/capital, em detrimento da proposta de EMI, a qual visa formar o cidadão de forma omnilateral e para a vida.
Palavras-chave: Institutos Federais; Ensino Médio Integrado; Programa Novos Caminhos; Dualidade Educacional.
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